A utopia religiosa não conhece limites ao promover confusão mental entre ficção e realidade para se transformar em piada

As religiões se transformaram num agressivo ‘comércio da fé’ que hoje constatamos enojados, no qual oportunistas inescrupulosos e hipócritas de todas elas posam de dignos como se apregoar mentiras e alucinações arcaicas e improváveis fosse decente. Se escondem intocáveis abusando do direito à liberdade de culto, enquanto se digladiam por recrutar incautos, usando técnicas de idiotização coletiva, como empregados a serviço de organizações religiosas nacionais ou transnacionais. Ou atemorizam com ameaças de “fogo eterno”, ou iludem com promessas absurdas de “salvação da alma”, e benesses materiais absurdas: rios de leite e mel, ruas de ouro e mansões celestiais, como se a condição espiritual, pós-vida terrenal, precisasse disso. 

Sem noção do ridículo, ‘agentes pastorais’ e ‘eclesiásticos’ inflam o próprio ego, bajulados por ignorantes cegos pelo fanatismo, promovendo alienação coletiva para arrecadar o pagamento de “imposto celestial”, em forma de “dízimos e ofertas”, como se não bastassem os pesados impostos terrenais que sufocam os “fieis”. Oferecem apoio político eleitoral em troca de isenções fiscais entre outros privilégios e sobretudo, da garantia de impunidade a prática livre do charlatanismo e estelionatos, entre outros crimes.

Aproveitam o vácuo de descrédito de governos corruptos, indiferentes ao cumprimento da responsabilidade de prover proteção aos cidadãos que formam a parcela mais vulnerável da população e sofrem pela falta de conhecimento.

A ignorância e o conhecimento em si não garantem o discernimento, e essas pessoas doutrinadas capitulam até a razão expostas ao ridículo e transformam-se em instrumentos nocivos às sociedades, promovendo confusões mentais hilárias entre utopia e realidade, desfrutando de avanços tecnológicos que utilizam para apregoar ilusões. No entanto, se guiam por conceitos e normas milenares, com as mentes aprisionadas a crenças e aberrações surreais e risíveis com as quais lavam irresponsavelmente inclusive o cérebro das crianças na mais tenra idade, levando-as a transformar mentiras em verdade absolutas, com respostas prontas para todos os temas, a partir do enfoque decorado de uma visão religiosa que prejudica a capacidade de raciocínio mental. Isso, na idade adulta, impede o pleno exercício do pensamento e conceituação lógica, por medo do “pecado” ou afrontando a própria ignorância sobre o Deus que imaginam existir.

Que algum dia num futuro ainda muito distante, e talvez até improvável, a consciência humana evolua e permita a orientação correta da humanidade, com respeito ao ser humano, ética livre da crônica hipocrisia constatada no imenso abismo existente entre o que apregoam, dizem defender e aquilo que realmente praticam para vergonha dos personagens divinos que cultuam e idolatram.

Que siga a marcha insana das mentes embrutecidas e prisioneiras de si mesmas, esperando milagres que não se realizarão.

Enfim, o direito a sonhar, é assegurado a todos, até mesmo esperar o improvável, mas colocar os pés no chão da realidade, e agir, em vez de recorrer ao hábito cultural de pedir e esperar dos céus o maná, consiste no maior desafio à saúde mental e a ascensão da consciência e verdadeira espiritualidade humana.

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