Mesmo com o porte de arma proibido, no Brasil as estatísticas indicam que o número de homicídios supera o número de vítimas de conflitos militares em todo o planeta. Falo a respeito de duas pessoas mortas e outras duas feridas a tiros ontem sexta-feira (6) em Bethesda e Aspen Hill, Estado de Maryland, na região de Washington, nos Estados Unidos.
Ao observar a repercussão internacional, transporto minha preocupação em relação a violência no Brasil que poderia ser reduzida, a partir de um trabalho educativo, acredito. Aqui nos EUA, o porte ampara-se em preceito constitucional. O uso de arma é garantido, e apesar deste país ter população maior que a do Brasil, o número de homicídios é infinitamente menor.
Eulálio Sevilla Tordil, de 62 anos, um policial lotado no Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, foi preso perto de um shopping center onde ocorreu o segundo dos dois ataques.
Ele era suspeito de matar a sua ex-mulher e atirar numa pessoa que passava por perto, na quinta-feira, no Condado de Prince George, em Maryland. No primeiro tiroteio no centro comercial de Bethesda, houve três vítimas – dois homens e uma mulher – que foram levados para o hospital, segundo a polícia. Um dos homens não resistiu aos ferimentos e morreu.
O segundo aconteceu perto de uma loja na mesma região onde resido. Uma mulher foi morta. Os dois lugares ficam a poucos minutos de distância e preventivamente por razoes de segurança todas as escolas do condado de Montgomery foram fechadas.
Um dia antes, uma mulher morreu e um homem ficou ferido após tiros disparados do lado de fora da escola High Point, que fica na cidade de Beltsville, num Condado vizinho. Segundo a polícia, a vítima era ex-mulher do autor dos tiros.
Observamos o mercado negro de drogas e armas fortalecido sem pagar um real de impostos, o povo desarmado pelo temor e a segurança generalizada, cobrando soluções que nunca chegam.
Os fatos me induzem refletir na realidade brasileira. Aliás, “realisticamente” a sociedade já não tem esperança de se sobrepor à corrupção e educar parcela da população de bem para ajudar o estado a prover segurança, ou mesmo para defender a família e a propriedade, se invadida. Casas invadidas, roubos e chacinas frequentes. Uma pratica covarde contra o povo indefeso e abandonado a própria sorte, ao contrario do que acontece aqui onde invadir uma propriedade privada ha uma enorme possibilidade em ter o corpo transformado em peneira por perfuração de balas disparadas por armas automáticas de diferentes calibres.
Na outra ponta da ‘proibição’ vigente na legislação brasileira, bandidos usam armas poderosas. A própria polícia também está despreparada e sucateada. Armas e equipamentos modernos só existem para iludir a população em ações publicitárias. Para cada 10 homicídios, três são causados por agentes da lei, conforme noticias publicadas essa semana no pelo Jornal o Globo.
Mencionei o preceito constitucional americano. Ou seja, libera-se a arma mediante critérios rígidos, incluindo-se minuciosa conferência de antecedentes. Paralelamente, treinamento e avaliação psicológica, criteriosa checagem dos antecedentes seriam o ideal.
Mas paira a indagação: Por que olhamos os problemas alheios e opinamos e nos omitimos buscar soluções para os nossos? Em países pobres e notavelmente corruptos, onde agentes dos organismos de segurança pública fazem bico para completar o salário, existe um gigantesco déficit de segurança pública.
A população segue refém dos dois lados, apesar de pagar por segurança com os mais elevados impostos do planeta. Não consigo encontrar adjetivos para descrever com propriedade essa realidade.
“Pacifistas” participam com o lobby surrealista, mantendo a população desarmada, deseducada e entregue à bandidagem oficialesca [infiltrada por indivíduos a serviço do crime].
Resta ao cidadão de bem a resignação das ovelhas que com a cabeça baixa esperam o abatimento não tão casual, pois as estatísticas indicam a elevada vulnerabilidade e previsibilidade por razoes futeis ou bala perdida.
A liberação criteriosa do porte de arma para a população civil incorporaria um importante reforço, sobretudo se essa faculdade fosse ampliada a ex-membros das Forças Armadas e policiais reformados. Isso seria extremamente benéfico para a proteção dos cidadãos, como agentes voluntários na guarnição da cidadania, da ordem e da Lei.
A Lei que proíbe o cidadão portar uma arma para defesa de sua integridade e patrimônio é ineficaz num País onde o Estado não oferece tais serviços de forma efetiva. Trata-se, pois, de lei injusta e covarde, desprovida de razoabilidade.
Com que estão se ocupando os legisladores brasileiros? Denunciando uns aos outros ou na defesa de si próprios em processos de que são acusados da praticas dos mais variados crimes? Onde esta a autoridade do Poder Publico? Quase todos, ladrões do mesmo naipe.
Quanto custa aos cofres públicos a ação de cada legislador? O que estão eles fazendo nesse instante, para encontrar alternativas razoáveis e estruturais? Estão preparados para o exercício responsável do mandato?