O “sagrado” direito por persistir na ignorância garante a decisão estúpida que revela a essência empobrecida do homem. O atraso hereditário atravessa milênios e mantém a humanidade privada da evolução; aprisiona a mente, causando delírios e letargia.
O ato de ignorar obscurece o discernimento, agride a razão, gera conflitos insanos para tormento próprio e do próximo, transformando mentiras em verdades próprias que tentam impor aos demais. Os infelizes e confundidos hipotecam pleno crédito à ilusão que a realidade os espera numa dimensão espiritual e numa enlouquecida e conveniente postura ridícula usufruem as conquistas do mundo real, enquanto esperam por benesses “celestiais” gratuitas e hipotéticas de uma presumível e improvável vida eterna.
Agem assim, desprovidos de qualquer outro mérito além da injustiça, do egoísmo, da hipocrisia, da exploração desalmada do ser humano em sua ingênua crendice.
Isso tudo resulta no desrespeito generalizado, no atropelo da moralidade, no extremismo, na intolerância geralmente vivenciados por aqueles que não compartilham a mesma fé, bem como, na vergonhosa ausência da empatia. Preocupam-se com interpretar o significado do amor, sem nunca buscar na prática seu exercício com dignidade e sinceridade.