“Se no presente as crianças aprenderem identificar potenciais situações de conflitos e habituarem-se usar o raciocínio como única ferramenta para resolver, o futuro s er á sem dúvida mais seguro, pacífico e feliz”.
Brasília 07/12/2018 – A ideia é que as disciplinas nas unidades educacionais não sejam apenas matemática, português, ciências, vitais para o conhecimento humano, da mesma forma que a vida em sociedade. Sempre atento aos problemas que afligem sua terra natal, Samuel Saraiva encaminhou ao Senador Álvaro Dias, Líder do PODEMOS, sugestão que objetiva corrigir as causas da violência infanto-juvenil, a corrupção e a degradação ambiental através da inclusão de disciplinas específicas na grade curricular de ensino primário que melhor preparem os cidadãos das futuras gerações.
Para explicar, o jornalista afirma que é possível capacitar professores a ensinar crianças desde os primeiros anos da idade escolar princípios cívicos e morais. Certo de que os valores éticos e de honra, se ensinados também de forma didática, problemas de violência, marginalidade e até mesmo bullying serão drasticamente diminuídos. “É necessário que se desenvolva uma sensibilidade sólida de respeito do espaço e do direito alheio, identificação clara das injustiças, à tomada de atitudes e à adoção de compromissos nessa faixa etária onde os ensinamentos ficam gravados no cérebro influenciando o destino de cada criança”, afirma Samuel. O jornalista ainda ressalta que é preciso que se promova o entendimento de problemas sociais que habilite o indivíduo a interagir com os que estão ao seu redor, pois é através da consciência de si próprio e do outro que decisões positivas sob o ponto de vista ético/moral podem ser alcançadas. “Ministrar conteúdo didático que sirva de ferramentas para identificação de situações que levem à violência, bem como encontrar soluções que permita resolve-las priorizando a razão em detrimento da agressão física ou do homicídio, sem dúvida será um mecanismo efetivo na formação de adultos mais tolerantes e menos agressivos”, diz. Para Saraiva, essas técnicas da área da psicologia seriam incorporadas formando mentes diferenciadas.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil é um dos países com maior número de homicídios. Com o sistema prisional defeituoso e superlotado, Samuel enfatiza que o foco do projeto idealizado não são os menores ja infratores, problema que desafia a Nação resolvemos ou conviver com esse mal decorrente de uma educação deficiente mas acredita que a base para corrigir as causas destes problemas dependerá preventiva de ações preventivas nas escolas. A ideia é que as disciplinas nas unidades educacionais não sejam apenas matemática, português, ciências, vitais para o conhecimento humano, da mesma forma que a vida em sociedade. Ensinar como combater a corrupção também pode ser lecionado nas salas de aula, com material lúdico e informativo, priorizando as relações humanas e o respeito ao meio ambiente por sua grande importância para a humanidade.
E essas novas disciplinas cujos nomes e formatação decorreriam de indicações técnico-pedagógicas podem ser uma forma ainda de economia para o Estado, pois a corrupção custa bilhões de reais para os cofres públicos. O jornalista argumenta em documento enviado ao Senador que este seria o melhor momento para dar um salto efetivo na educação do País. Manifestou confiança na sensibilidade social e compromisso do parlamentar acerca dos assuntos que são prioridade para o avanço sócio-cultural do Brasil. “A opção por investir agora na educação das crianças a partir da inclusão dessas disciplinas, permitirá eliminar os elevados custos advindos da estratégia equivocada de prende-las na adolescência como forma de ressocializa-las”, e – argumentou – “Se não tirarmos lições das dificuldades conjunturais a partir de uma visão estratégica que corrija e atenda o plano estrutural, deixaremos como legado a marca do descaso, da incompetência e do maucaratismo que mantém a Nação brasileira atrelada às algemas que nos coloca no status e condição de terceiro mundo, numa posição desconfortável no cenário internacional e sobretudo, com o futuro seriamente ameaçado” – conclui Saraiva.
Manifestação:
A leitura atenta do artigo, permite perceber que o indivíduo torna-se membro de um determinado conjunto social, apropriando-se de conhecimentos e ensinamentos durante todo o processo de desenvolvimento.
Sem dúvida a implementação de novas políticas de educação adequadas a realidade tem ocasionado desafios para as práticas profissionais na busca para respostas a crescente violência constatada no plano psicossocial. A indisciplina nas escolas por exemplo, relacionadas a comportamentos agressivos e violentos tem causado grande importuno ao corpo docente e administrativo, uma vez que a violência como se percebe vem crescendo nas instituições de ensino em todo o Brasil conforme apontam as estatísticas oficiais em relação ao alarmante crescimento do numero de homicídios. Só em 2017 reportaram-se mais de 64.000 homicídios de acordo com estatísticas oficiais. A violência com o uso da força física ou letal é a capitulação da capacidade do indivíduo em usar a razão para resolver conflitos pelo dialogar. Ao sentir-se incapaz para compreender um contexto o indivíduo tenta se impor instintivamente e irracionalmente através do uso da forca.
O Artigo cita acertadamente que ensinando as crianças desde os primeiros anos da idade escolar de forma didática, problemas de violência e criminalidade serão drasticamente diminuídos a curto, a médio e a longo prazo pela compreensão dos limites dos direitos próprios e do alheio, inclusive o direito de divergir sem que isso implique em prejuízo de qualquer natureza. Firmar-se-ia a saudável coexistência orientada pela noção de tolerância, racionalidade e respeito as diferenças sociais, políticas, culturais, ideológicas e religiosas entre outras.
Para Skiner, um dos principais representantes da Teoria do condicionamento, as pessoas são como “caixas negras”. De acordo com essa teoria, aprendizagem é igual a condicionamento. Isso significa que se quiser que uma pessoa aprenda um novo comportamento, devemos condicioná-la a essa aprendizagem. Como diz o autor no artigo, essas técnicas da área da psicologia seriam incorporadas formando mentes diferenciadas.
Entendo que esse projeto se implementado poderia ser muito útil para a educação, criando alternativas frente a mudanças de comportamentos no âmbito escolar e na vida social de alunos e professores. E para que isso se modifique, um dos passos seria inserir a disciplina Psicologia do Comportamento na grade curricular, visto que segundo (Casemiro, 2008), todo e qualquer esforço no sentido de entender ou identificar as razões que promove a violência, passa necessariamente por uma análise conjectural da sociedade onde o educandário está inserido.
Fundamentalmente proposta permitiria de forma prática e educativa, a convergência favorável de diversas correntes psicológicas como meios a atingir o desenvolvimento cognitivo, comportamental e afetivo contribuindo efetivamente para a mudança de mentalidade, ampliando a capacidade do cidadão na identificação das causas de uma situação de impasse e a atitude espontânea de raciocinar corretamente objetivando resolver conflitos, desprezando o uso desnecessário da força física, da violência ou do homicídio que tornou-se lamentavelmente habitual.
Izarina P. S. Paixão – Psicóloga Social – CRP- PA 003833