Fanáticos pouco inteligentes e fisiologistas confusos rotulados com ideologias inexistentes brigam 24 horas por dia, entre si, enquanto problemas estruturais e inadiáveis que sacrificam o País aguardam respostas.
Entre tantos outros setores sucateados está o saneamento básico para atender a mais de 100 milhões de compatriotas que igualmente sofrem pela falta de investimentos na educação, saúde, segurança e na malha viária.
A cobrança de impostos é a única eficiência comprovada nos serviços públicos, e isso chega a doer no couro do sufocado contribuinte. Há décadas, a sociedade brasileira clama por justa reforma tributária, bem como, pelo fim da proteção aos monopólios que a mantém privada do acesso à importação de bens de consumo, aproveitando-se as vantagens oferecidas pela globalização.
Extremistas, bitolados ou simples idiotas, religiosos ou políticos, encontram sentido existencial retrucando. Escutam para contestar, jamais para refletir, pois agem desprovidos de qualquer ferramenta razoavelmente argumentativa, fazendo valer o direito natural à livre manifestação de pensamento, mesmo com jargões decorados que usam como se fossem próprios. Eles são confusos e risíveis, quando manifestados a alguém com conhecimento acadêmico ou profissional a respeito do tema abordado.
Para essa gente, só existem “esquerdistas ou direitistas”. As demais correntes de pensamento não contam ou merecem igual respeito. Não deveria ser assim, em hipótese alguma.
No Brasil de hoje não existem apenas petistas ou “bolsomínios” acusando-se como crianças birrentas traumatizadas, mas uma imensa parcela consciente e defensora imparcial do estado de direito, sem canalhas de estimação de nenhuma índole substituindo a postura padronizada do ‘politicamente correto’ pelo conceito de ‘patrioticamente correto’ do razoável.
Desconsideram que o percentual de votos nulos nas eleições de 2018 foi o maior desde 1989; a soma de abstenções, nulos e brancos passa de 30% no segundo turno, um aumento de 60% em relação à eleição de 2014. Ao todo, 42 milhões de pessoas – entre as quais me incluo – não escolheram nenhum candidato da direita ou da esquerda no segundo turno, por não acreditarem em ambos ou no sistema político vigente.
Enquanto isso, parcela da população que se considerou vitoriosa após o resultado das eleições, dando-se por satisfeita com a prisão de algumas ratazanas vorazes do governo passado, começa a perceber atônita que apenas substituíram políticos igualmente demagogos, medíocres e oportunistas, portadores do mesmo DNA nefasto dos colonizadores piratas, marginais e aristocratas corruptos a serviço do reino português.
Três meses se passaram e nada significativo ocorreu, a não ser a destruição da confiança depositada nas urnas a uma aliança de estelionato eleitoral formada por políticos corruptos e religiosos salafrários, sob a máscara de um nacionalismo falsificado com o qual enganaram a população desesperada em livrar-se da máfia que por 14 anos quebrava o País.
Políticos oportunistas justaram-se aos poderosos mercenários da fé para conspirar e agredir as bases que fundamentam o estado laico e pluralista. Inverteram os valores hierárquicos com a falsa percepção de que um capitão desqualificado pudesse comandar generais bem formados e com vasta experiência político-militar.
O que se vê diariamente são denúncias de discursos falaciosos, negociatas, corrupção, abuso de poder, continuação de privilégios abusivos, ineficiência e completa falta de aptidão e moral para reconduzir a nação ao encontro do próprio destino. Um governo que parece ainda não haver iniciado.
Uma imitação mal feita de liderança de um governo estrangeiro visto com antipatia pelos apoiadores “direitistas”, refém do conhecimento e da credibilidade de seus superiores generais e juízes que de fato têm governado o Brasil.
Poucos conseguiram fazer a leitura correta do momento histórico em que não temos um presidente, mas um imitador pouco qualificado sem autoridade ante seus ministros e os próprios filhos.
Vemos todos os dias um personagem mais perdido que cego em meio ao tiroteio, construindo o caminho para ser eventualmente substituído pelo vice-presidente pelos critérios democráticos dispostos na Constituição Federal. Sem importar se os indivíduos que prejudicam a Nação se apresentam como de esquerda ou direita, a parte pensante da Nação acredita que os guardiões da Pátria saberão assumir suas responsabilidades no momento oportuno com a participação efetiva e proporcional da três forças regulares, nesse vácuo de poder moral, autoridade e competência.
Dados divulgados pela Fundação Ivete Vargas, dedicada à pesquisa e educação política, indicam que a dívida de empresas devedoras à Previdência Social (INSS) excede três vezes o déficit anual do governo.
Das mais de 30 mil empresas que mais devem, 18% não existem mais, entretanto, grande maioria, permanece ativa, ou seja, 82%. Igualmente numerosa é a lista de empresas devedoras de impostos que acumulam uma dívida de R$ 545,4 bilhões (!), conforme dados recentes divulgados pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) entregue à CPI da Previdência.
Esse é o caminho que um governo justo e inteligente deve tomar antes de acenar com reforma da previdência, impondo ainda mais sacrifícios dos contribuintes. O governo de verdade, o real, não o midiático, deve ser competente para cobrar a dívida bilionária dessas empresas propineiras financiadoras de campanhas e responsáveis pela quebradeira propalada, não os cidadãos de bem.
Nessa realidade difícil, a imprensa se faz presente, demonstrando finalmente haver se reencontrado com a imparcialidade favorecida pelos desatinos e equívocos. Se a imprensa fosse subserviente ou comprometida com o poder, a sociedade jamais teria conhecimento dos bastidores apodrecidos da política e a Nação estaria refém da mentira, da hipocrisia e da impunidade.
Por méritos dela, hoje podemos ver cair a máscara de um presidente arrogante e despreparado, queimando a credibilidade dos homens que o ajudam, aconselham e contribuem, engolindo sapos a cada 24 horas, tão somente por amarem o Brasil.
Só cegos não veem que no Brasil de hoje os generais vêm salvando o moral da Nação. O capitão parece enloquecido e, se não conseguirem conter a sanha dele, terminar á internado.
Em 1919 aconteceu justamente isso com o presidente Delfim Moreira, conta a história política brasileira.