Em sua onisciência, antevendo o futuro, a criação do diabo e de seres humanos destrutivos e burros o Criador tomou uma decisão consciente para seu deleite com a perfeita crueldade.
Com o bondoso assim visto pela empobrecida consciência humana, autodestrutiva da natureza e da própria espécie proliferam guerras insanas pela incapacidade de coexistência pacífica e inteligente entre os homens.
Isso dá vazão a uma inversão de valores com a qual, de costas para o próximo, adoram a sua divindade suprema olhando para o vazio dos céus, sem respostas.
A teoria do criacionismo (conhecimento obtido por meio de hipóteses) afirma que Deus teria criado o universo, o diabo e o homem. Inquestionável que na onisciência que lhe atribuem, presume-se que tinha conhecimento da m* que ia dar.
Quem é o responsável pelas desgraças: a criatura ou o Criador?
Ao longo de milênios o imaginário Lúcifer tem sido usado como bode expiatório para os “pecados” daqueles presunçosos que se dizem “povo escolhido por Deus”.
No entanto, os seres autores de ações hipócritas, desprovidas da dignidade para assumir as desgraças que semeiam acreditam que conseguiriam esconder suas canalhices – como se o onisciente, onipresente e onipotente fossem cegos.
Se realmente acreditassem que Deus existisse, não zombavam do seu eventual poder e temeriam sua justiça ao praticar o mal escondendo a perversidade das vistas humanas, porém, na frente da onipresença divina, presenciando as cenas mais horríveis de perversão e maldade. É muita imaginação, mau-caratismo, delírio e ignorância.
Há muito tempo esse personagem imaginário chamado de diabo já se mostra ressocializado e merecedor da liberdade plena em regime aberto por carregar uma culpa que pertence à Humanidade.
Por onde andam a razão, o discernimento e a consciência que, divorciados do livre-arbítrio, desapareceram deixando a Humanidade adoecida nas mãos da insanidade, exploração imoral dos crédulos, egoísmo, guerras, injustiças, indiferença, e do fanatismo religioso, político e ideológico?
Os questionamentos óbvios aqui manifestados não pretendem ofender o que apenas existe no plano da imaginação humana: Deus.
Na condição de ser dotado de alguma inteligência, e no pleno exercício do livre arbítrio para questionar, buscando a compreensão do significado maior existencial a partir da capacidade de entendimento que o hipotético criador teria me proporcionado, qualquer erro de raciocínio não conclusivo seria decorrência da minha imperfeição com méritos e deméritos atribuídos a falhas em sua alardeada obra da Criação.