EDUCAÇÃO RESPONSÁVEL NÃO ADMITE A PRÁTICA CRIMINOSA DE LAVAGEM CEREBRAL

Todo tipo de doutrinação e imposição forçada de culto na infância deveria ser criminalizada, quer seja de natureza ideológica, filosófica ou religiosa.

A educação é uma responsabilidade dos pais, eles educam e a escola ensina, ambos no marco do respeito às crianças, sem imposições coercitivas, amedrontamentos e castigos que venha comprometer seu comportamento futuro, gerando revoltas e traumas, inibindo seu potencial em discernir entre realidade e surrealismo, entre o plano material e a imaginação desejada, entre a história e a ficção. As crianças precisam receber informações que possam desenvolver raciocínio próprio, correto e descontaminado de sectarismos de qualquer natureza. Esses “princípios não devem ser colocados como verdade absoluta e permanentes, convencê-las sem forçar, respeitando a espontaneidade e o livre arbítrio ao qual elas também têm o direito quanto a interpretação própria, para não caracterizar a conhecida “lavagem cerebral” extremamente nociva e contraproducente em qualquer fase da vida. O endeusamento de figuras humanas no processo de formação da criança não deve ser admitido sob nenhuma hipótese ou base moral, ou legal.

O mundo civilizado já não admite ensinamentos arcaicos tais como “castiga com vara e nem por isso morrerá”, ou qualquer tipo de constrangimento que altere ou ameace o bem-estar físico e mental de nenhum ser humano e em particular as crianças, parcela mais vulnerável da população.

As crianças merecem ser respeitadas e protegidas desse terrorismo psicológico. Educar e ensinar significa oferecer as ferramentas que lhes permitam e induzam ao exercício da razoabilidade não a assimilação pura e simples de ideias alheias. Mentiras arcaicas, delirantes e razoavelmente insustentáveis, são usadas por adultos, que acreditando estarem educando acabam impondo tradições mentirosas que algum dia fora obrigado a aceitar como verdades absolutas são usadas por gerações na ‘lavagem de cérebros’ inocentes, cujas mentes, acabam aprisionadas a formatação micro da realidade, atrofiando a capacidade do exercício mental a ampliação do conhecimento e prejudicando o exercício do senso crítico pelo bloqueio mental na fase adulta, prejuízo refletido inclusive no âmbito profissional em todas as áreas do conhecimento em que pessoas privilegiados com a educação não conseguem se livrar das sombras do atraso milenar prevalecente. Em pleno Século XXI, tentam conciliar realismo e surrealismo, projetando ‘conhecimento’ hipotético sobre a vida após o plano material.

Essa prática covarde, irresponsável e moralmente criminosa como forma de prover educação, limitam e dificultam a evolução pessoal, condena inocentes ao confinamento em labirintos mentais obscuros, atemorizados pela crença em ‘castigos divinos’ se procurarem conhecer a história e compreender com claridade a história universal, e usar o raciocínio lógico de forma livre. Esse bloqueio mental imperceptível, disfarçado de bons princípios, geram consequências terríveis decorrentes da dominação a qual as massas incultas e crédulas estão submetidas e dificilmente encontrarão a cura que os liberte dos legados rançosos da ignorância patriarcal que tentam perpetuar, facilitados pelo (omissão) de estados corruptos e coniventes, e a inexistência de uma legislação que proteja o cidadão dessa prática que atenta contra a evolução da própria humanidade, mas mantém fortalecida a poderosa indústria da dominação que atende os interesses das elites que lucram com a injusta e imoral submissão das massas.

Faz-se necessário mais conscientização e inadiável empenho da ação científico acadêmica da área de psicanálise, no incentivo a elaboração de teses de mestrado e doutorado, com vista a subsidiar a ação dos legisladores na correção de tais distorções, sobre esse tema de incontestável importância para descompressão e correção a longo prazo dessa cultura social nociva e opressiva, que impactam severamente a construção de identidade de muitas crianças no futuro.

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