Comitê Olímpico Internacional  – COI recebe proposta para “competição de doações” para ajudar pessoas flageladas e animais abandonados em todo mundo 

Foto: Reproducao/urihiyanomami

Por Montezuma Cruz

Com fundamento na incorporação de um novo conceito humanitário, o brasileiro com cidadania norte-americana Samuel Sales Saraiva sugeriu hoje (20) incluir nos princípios olímpicos a modalidade da solidariedade para mobilizar bilionários do planeta.

A proposta foi encaminhada por mensagem, desde Washington D.C., ao presidente do International Olympic Commitee (COI), Thomas Bach, em Lausanne (Suíça).

Saraiva pede a análise do Comitê a respeito da inclusão de uma nova concepção na cerimônia de encerramento dos jogos: o convite “aos atletas da solidariedade”, com base na lista de bilionários publicada pela revista Forbes.

“Eles participariam de uma competição de doações, conforme os objetivos filosóficos e os fundamentos da Organização. A premiação poderia ocorrer já no encerramento dos próximos jogos, em Los Angeles, no país mais rico do planeta, onde os atletas dos esportes físicos e os “atletas da solidariedade” celebrariam juntos a grandeza dos jogos.

”Saraiva acredita que a cerimônia reuniria os homens mais ricos e generosos do mundo. Eles seriam os convidados já pré-qualificados pela condição de bilionários. Apresentariam projetos em benefício de populações vulneráveis, com doações de significativo valor, e estas seriam gerenciadas e distribuídas conforme critérios e prioridades estabelecidos pelo comitê organizador às agências humanitárias multilaterais da ONU.

O dinheiro seria investido na construção de plantas industriais para processamento de alimentos desidratados pelo processo freeze dry, evitando o desperdício inadmissível hoje constatado, para atendimento de populações castigadas por guerras e flagelos naturais e econômicos, entre outras demandas humanitárias urgentes, incluindo ajuda a ONG’s dedicadas ao socorro de animais maltratados ou abandonados nas ruas.

                                                   Foto: Samuel Saraiva / Amazonas

Lembrando que as Olimpíadas surgidas em Olímpia na Grécia, em 776 a.C., homenageavam Zeus, “deus dos deuses”, e Hera, “deusa da maternidade”, Saraiva aponta o atual desafio “ao idealismo boa vontade e competência dos que dirigem o destino do Comitê, visando ao aprimoramento que a dinâmica evolutiva da humanidade demanda.

”Em Los Angeles seria possível conceber as primeiras olimpíadas da era moderna “a fortalecer e glorificar Deus conforme o objetivo filosófico do primeiro evento olímpico, em um mundo tão carente de empatia e meios materiais, e em momento cheio de simbologia para humanidade.

Paz e fraternidade

Recente estudo realizado em 26 países revela que 61% da população dessas nações acredita em Deus ou em uma entidade superior equivalente, “conscientes de que a forma mais efetiva para adoração se dá através dos mesmos valores e práticas adotadas pelos gregos, quais sejam, através da promoção da paz e da fraternidade”.

Saraiva assinalou que na Era Moderna, as Olimpíadas foram recriadas em 1896 por Pierre de Frédy, o Barão de Coubertin, atendo-se aos mesmos valores e objetivos que inspiraram os gregos na antiguidade: o fortalecimento da coesão social, dos laços culturais, da união, e de uma coexistência política e social pacífica.

“Os Jogos despertaram o sentimento de cooperação entre habitantes de diferentes regiões, culturas, correntes políticas e religiosas”, assinalou.Superação mentalParalelamente aos Jogos Olímpicos sucederam-se diversos tipos de concursos, mundo afora: Olimpíadas do Saber, Olimpíadas da Matemática, entre outras. 

“Imaginemos as Olimpíadas ampliadas para celebrar também a superação mental, e não apenas física, com atletas convidados representando os 10% mais ricos da população da Terra, que controlam 76% da riqueza do mundo, atraindo os aplausos e o entusiasmo da população pobre do planeta”, sugeriu Saraiva.

Ele antevê que a solidariedade seria a nova modalidade esportiva, objetivando destinar fundos para remediar as diferentes áreas de carências humanas: saúde, combate à fome, infraestrutura, educação, arte e preservação ambiental.

“A cerimônia de encerramento dos jogos poderia estender-se com a citação nominal desses bilionários presentes, bem como sua contribuição, num reconhecimento ao mérito pessoal e à grandeza espiritual”, assinalou.

“Felicidade impagável”

Saraiva alinha uma série de vantagens advindas da proposta:

1 – Uma considerável expansão com o fortalecimento econômico e financeiro do COI;

2 – A dispensa de cobrir gastos com alojamento, passagens aéreas, logística e alimentação para essa nova categoria de participantes;

3 – A ampliação da audiência mundial, com a atenção despertada por saber quem seriam os participantes e o que estariam doando, e que populações seriam beneficiadas;

4 – A convergência com o apoio de alguns programas da ONU, como, por exemplo, da FAO e da OMS, entre outras instituições a serem escolhidas para receberem e empregarem as doações;

5 – A felicidade impagável e gratificante daqueles que, ao fim, seriam beneficiados com os recursos arrecadados no evento.

Para o proponente, prevaleceria a boa vontade daqueles que estão em posição de compreender sua responsabilidade e tiverem a coragem para promover avanços e adequações necessárias aos tempos modernos, com o espírito voltado para a viabilização da proposta, promovendo convergências e circunscrevendo divergências naturais em um projeto de tamanha importância.

Menos desigualdade, causa da Humanidade

Esses tempos pedem a diminuição das desigualdades, eliminação de preconceitos e resolução de conflitos através do diálogo. Assim, de acordo com Saraiva na carta a Bach, “há possibilidade de sobrepor a razão aos interesses mesquinhos e desumanos que movem as poderosas e insensíveis indústrias do lucro com as guerras, pandemias e flagelos – verdadeiro e impiedoso castigo à humanidade.”

“A evolução do homem sempre será nivelada por sua capacidade visionária, sua vontade de superação e seu desejo de encontrar formas razoáveis e factíveis de progresso, buscando o bem-estar coletivo”, analisou.

Nesse rearranjo de sucesso que os Jogos ganhariam a organização poderá também distinguir competidores com medalhas de ouro, prata e bronze – aos primeiro, segundo e terceiro colocados; todos os participantes receberiam condecorações honoríficas pela contribuição ofertada.

Saraiva destacou o mais recente relatório elaborado por cinco agências especializadas da ONU, intitulado “O Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no Mundo”, segundo o qual 2,33 bilhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar moderada ou grave em 2023, e 733 milhões passam fome no mundo.

“Com desigualdades crescentes, os ricos ficam cada vez mais ricos, e os pobres cada vez mais pobres, num vergonhoso processo de exclusão multitudinária”, alertou.

Ao ocupar essa lacuna, o COI teria sua importância redobrada pelo fomento da contribuição para atendimento social. Ao redor do mundo, os bilionários desfrutaram em 2023 do maior aumento em sua parcela de riqueza desde que o Laboratório de Desigualdade Mundial começou a registrar, a partir de 1995, situações de pobreza.

“A implementação do projeto ora sugerido seria alvo da simpatia e da admiração da parcela majoritária da população, constituída pelos mais vulneráveis”, acredita Saraiva. “A evolução da consciência humana revigora a dignidade na terra, tão diminuída pela falta de empatia, compaixão e solidariedade”, acredita.

Para Saraiva, o espírito olímpico “transcende os limites físicos e desafia ao desenvolvimento de uma visão altruísta e inclusiva dos planos mental e espiritual”. “Move-me a convicção de que a média mundial se encontra em posição de compreender as vantagens da divulgação e fomentação da união entre os povos da terra, através do exercício da fraternidade. O mundo poderia abraçar-se a cada quatro anos num evento dessa importância e magnitude, redescobrindo a face mais bela da humanidade, inspirando a cultura da paz”, acrescentou.

LEIA AQUI O TEOR INTEGRAL DA MENSAGEM:

Hon. Presidente Thomas Bach

International Olympic Committee (IOC)

Rte de Vidy 9, 1007 Lausanne, Suíça

Maison Olympique, 1007

Lausanne, Switzerland

Washington DC., 21 de Agosto 2024

Súmula:  Submete para exame e consideração da presidência do COI e dos membros do conselho executivo a sugestão de inclusão de uma nova concepção na cerimônia de encerramento dos jogos: os “atletas da solidariedade”, que seriam convidados conforme a lista de bilionários publicada pela revista Forbes. Bilionários dos cinco continentes participariam de uma competição de doações, em conformidade com os objetivos filosóficos e os fundamentos dessa importante Organização, e nos moldes explicitados na presente exposição, para consideração e aperfeiçoamento.

Senhor Bach e membros do Conselho Executivo,

A história registra que as Olimpíadas surgiram em Olímpia, na Grécia, precisamente no ano de 776 a.C., para homenagear Zeus, deus dos deuses, e Hera, deusa da maternidade. Hoje, o evento desafia a boa vontade, o idealismo e a competência dos que dirigem o destino do COI, para o aprimoramento que a dinâmica evolutiva da humanidade demanda. 

Naquela época, os gregos buscavam alcançar, por meio dos jogos olímpicos, a paz e a harmonia entre as cidades que compunham aquela civilização, e o evento teve como objetivo cultuar os deuses do Olimpo por meio da valorização das aptidões físicas.

Na atualidade, conforme indicou um estudo realizado em 26 países, 61% da população dessas nações acredita em Deus ou em uma entidade superior equivalente, conscientes de que a forma mais efetiva para adoração se dá através dos mesmos valores e práticas adotadas pelo gregos, quais sejam, através da promoção da paz e da fraternidade.

Na Era Moderna, as Olimpíadas foram recriadas por Pierre de Coubertin no ano de 1896, atendo-se aos mesmos valores e objetivos que inspiraram os gregos na antiguidade: o fortalecimento da coesão social, dos laços culturais, da união, e de uma coexistência política e social pacífica, despertando através dos jogos o sentimento de cooperação entre habitantes de diferentes regiões, culturas, e correntes políticas e religiosas.

Observam-se vários tipos de concursos realizados paralelamente aos jogos olímpicos, como as “Olimpíadas do Saber”, “Olimpíadas da Matemática”, entre outras. 

Imaginemos as Olimpíadas ampliadas para celebrar também a superação mental,  e não apenas física, com atletas convidados representando os 10% mais ricos da população da Terra, que controlam 76% da riqueza do mundo, atraindo os aplausos e o entusiasmo da população pobre do planeta. A solidariedade seria a nova modalidade esportiva, objetivando destinar fundos para remediar as diferentes áreas de carências humanas: saúde, combate à fome, infraestrutura, educação, arte e preservação ambiental.

A premiação poderia ocorrer no encerramento dos próximos jogos, em Los Angeles, no país mais rico do planeta, onde os atletas dos esportes físicos e os “atletas da solidariedade” celebrariam juntos a grandeza dos jogos, ampliando sua importância e contribuição para a humanidade. A cerimônia reuniria os homens mais ricos e generosos do mundo, listados na revista Forbes, que seriam os convidados já pré-qualificados pela condição de bilionários.

Seriam as primeiras olimpíadas da era moderna a fortalecer e glorificar Deus conforme o objetivo filosófico do primeiro evento olímpico, num mundo tão carente de empatia e meios materiais, num momento significativo e cheio de simbologia para a raça humana.

A cerimônia de encerramento dos jogos poderia estender-se com a citação nominal desses milionários presentes, bem como sua contribuição, num reconhecimento ao mérito pessoal e à grandeza espiritual.

Entre as múltiplas vantagens que antevejo advindas da referida proposta, estão: 

1 – O considerável fortalecimento econômico e financeiro do COI;

2 – A dispensa de cobrir gastos com alojamento, passagens aéreas, logística e alimentação para essa nova categoria de participantes;

3 – A ampliação da audiência mundial, com a atenção despertada por saber quem seriam os participantes e o que estariam doando;

4 – A convergência com o apoio de alguns programas da ONU, como por exemplo da FAO e da OMS, entre outras instituições a serem escolhidas para receberem e empregarem as doações.

5 – A felicidade impagável e gratificante daqueles que, ao fim, seriam beneficiados com os recursos arrecadados no evento.

Considerando que nada no universo é estático e tudo está em permanente transformação, a evolução das sociedades e nações, com os avanços de uma consciência mundial privilegiada e facilitada pelo progresso do conhecimento e da tecnologia disponível, sugere e impõe a responsabilidade de aprimorar os mecanismos existentes para a consecução dos objetivos filosóficos permanentes da humanidade. E esse logro dependerá da boa vontade daqueles que estão em posição de compreender sua responsabilidade e tiverem a coragem para promover os avanços e adequações necessárias aos tempos modernos, quando os maiores desafios consistem na diminuição das desigualdades, na eliminação de preconceitos e na resolução de conflitos através do diálogo. 

É preciso sobrepor a razão aos interesses mesquinhos e desumanos que movem as poderosas e insensíveis indústrias que lucram com as guerras, pandemias e flagelos que castigam impiedosamente a humanidade. A evolução do homem sempre será nivelada por sua capacidade visionaria, sua vontade de superação e seu desejo de encontrar formas razoáveis e factíveis de progresso, buscando o bem-estar coletivo.

O modelo de jogos que poderiam ser incorporados sob um novo conceito humanitário seria baseado nos mesmos princípios dos jogos olímpicos, incluindo a modalidade da solidariedade, da qual a parcela que detém o capital participaria a convite do comitê organizador, com distinção de medalhas de ouro, prata e bronze aos primeiro, segundo e terceiro colocados, e condecorações honoríficas a todos os participantes, pela contribuição ofertada à causa da humanidade.

A meta seria a apresentação de projetos que beneficiassem populações vulneráveis e doações de significativo valor, que seriam gerenciadas e distribuídas conforme critérios e prioridades estabelecidos pelo comitê organizador as agencias humanitárias multilaterais, aplicadas por exemplo, na construção de plantas industriais para processamento de alimentos desidratados pelo processo freeze dry, evitando o desperdício inadmissível hoje constatado. A ajuda proposta também chegaria a algumas ONG’s comprovadamente dedicadas a ajudar milhares de animais maltratados, famintos, feridos e abandonados que vagam sem rumo pelas ruas do planeta, sob o olhar indiferente e sem compaixão dos humanos.

É oportuno ressaltar que o último relatório “O Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no Mundo”, elaborado por cinco agências especializadas das Nações Unidas, apontou que 2,33 bilhões de pessoas enfrentaram insegurança alimentar moderada ou grave em 2023, e 733 milhões passaram fome no mundo.

Observamos desigualdades crescentes, com os ricos ficando cada vez mais ricos, e os pobres cada vez mais pobres, num vergonhoso processo de exclusão multitudinária.

Os bilionários ao redor do mundo desfrutaram no ano passado do maior aumento em sua parcela de riqueza desde que o Laboratório de Desigualdade Mundial começou a manter registros, em 1995, conforme análise divulgada recentemente.

A implementação do projeto ora sugerido seria alvo da simpatia e da admiração da parcela majoritária da população, constituída pelos mais vulneráveis. Dessa forma, a evolução da consciência humana revigoraria a dignidade na terra, tão diminuída pela falta de empatia, compaixão e solidariedade. Somos todos um só povo, merecedores de uma vida com justiça, paz, harmonia, dignidade e satisfação — pilares do sentido existencial e parte indissolúvel da nossa essência.

O espírito olímpico transcende os limites físicos e desafia-nos a desenvolver uma visão altruísta e inclusiva dos planos mental e espiritual.

Move-me a convicção de que a média mundial se encontra em posição de compreender as vantagens da divulgação e fomentação da união entre os povos da terra, através do exercício da fraternidade. O mundo poderia abraçar-se a cada quatro anos num evento dessa importância e magnitude, redescobrindo a face mais bela da humanidade, inspirando a cultura da paz.

A realidade demanda agilidade na adequação, no aprimoramento e na expansão dos jogos olímpicos. Não devemos nos contentar com o simples continuísmo, desprezando o aperfeiçoamento e a ampliação daquilo que deu certo. Isso só depende da vontade de todos e apoio, certamente, não haverá de faltar. Temos de escolher e decidir como fazer acontecer a realização de todos os desejos e objetivos legítimos.

Provavelmente, se os gregos mesmo dispondo de poucos recursos  naquela realidade desprivilegiada tiveram a visão de mundo e a admirável audácia para criarem as olimpíadas, seguramente eles haveriam de compreender e apoiar o alcance da proposta aqui explicitada.

Cordialmente,

Samuel Sales Saraiva

Contato: guapore63@hotmail.com

WhatsApp: +1 202 999 9078

Fonte: Gente de Opinião

https://www.gentedeopiniao.com.br/colunista/montezuma-cruz/comite-olimpico-internacional-coi-recebe-proposta-para-competicao-de-doacoes-em-ajuda-a-flagelados-e-animais-abandonados-no-mundo-todo

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