Bolsonaro revela-se o demônio que incentiva a incineração da Amazônia

Nada mais tolo do que afirmar que os alemães querem comprar a Amazônia, conforme afirma Bolsonaro, sem o menor pudor e respeito consigo próprio, pois se “emburrece” e a todos prejudica.

Antes eram os americanos a preocupar, porém  o discurso insustentável sempre muda de acordo com a conveniência e as desculpas pouco razoáveis para justificar o caos que as queimadas provocam,  afetando a natureza e a população.

A foto que recebi hoje de Porto Velho, evidencia indiscutivelmente de como se encontra a Capital de um dos maiores estados do Norte Brasileiro, nos quais o capitão candidato Jair Bolsonaro obteve maioria de votos. Seus eleitores agora exalam fumaça

e até os que não votaram nele ou se abstiveram de votar pagam o pato por uma política ambiental falida e irresponsável, porque anistia multas, desmoraliza e enfraquece o poder fiscalizatório das agências governamentais, enquanto avança diariamente a destruição do maior patrimônio biológico do Brasil com importância vital para a vida na terra.

Enquanto isso os despersonalizados ‘bolsonimions’, que também podem vestir a carapuça de ‘ arautos da idiotice’ cheiram fumaça e defendem as asneiras do presidente tropeiro.

Que carma tem o Brasil!

Se livra de um presidente que sugere plantar mandioca e estocar vento, e cai nas garras de outro que sugere defecar dia sim e dia não, “para a preservação ambiental”. Chegamos ao limite dos absurdos sem podermos mudar as peças no tabuleiro do Poder.

Na verdade, seus eleitores votaram nele com a esperança de que pudesse colocar o País num processo seguro de revolução tecnológica. Mas lamentavelmente, o que está diante de nossos olhos é a farra em ascensão de madeireiros maldosos, descomprometidos.

A reboque desses nefastos, agropecuaristas de todos os naipes derrubam florestas para pastar junto com o gado.

Não precisamos nem de inimigos externos para destruir um patrimônio que pertence às gerações futuras. Usam um discurso saturado e estupido em relação aos países que aportaram milhões de dólares em programas com objetivo de nos ajudar proteger as florestas, fiscalizando, educando e conscientizando para a imperativa necessidade de respeitarem a vocação econômica de cada região, promovendo assim, harmonicamente, o tão necessário desenvolvimento sustentável.

Infelizmente, a falta de conhecimentos e de brios que levam o presidente ao oceano de sandices e burrice crônica, vem montada na ingratidão, pois ainda os acusa levianamente de se interessarem apenas pelas riquezas do subsolo. Ora, se assim fosse, eles apoiariam a desertificação, já que esta, consumada, facilitaria o acesso à exploração do subsolo.

Os débeis mentais usam a manjada balela pseudo-nacionalista para enganar as massas ignorantes que não conseguem entender a vida na terra, ignorando que ela depende da preservação das florestas e do equilíbrio dos ecossistemas, e não das baleias ou das riquezas minerais.

Não nos interessa comparar o que faz a Noruega com as baleias. Nos interessa, sim, a realidade presente e os desdobramento previsíveis em relação ao futuro da Amazônia. Mesmo assim, baleias merecem respeito humano, e da mesma forma, nossa fauna com milhares de espécies vivas queimadas criminosamente sem piedade por madeireiros e pecuaristas gananciosos, ávidos por lucros, apenas por eles.

Prendem o cidadão pobre por ter um animal de estimação, mas não prendem os que promovem a mortalidade passiva de animais ao queimarem as florestas.

Noruega, Alemanha, EUA, entre outros, investiram pesado em reflorestamento. Por que não tiramos lições da história? Assim não teríamos que pagar um alto preço para reflorestar como eles fizeram.

Quando querem madeira, extraem das reservas que plantam.

No Brasil não querem plantar, apenas meter a mão nas florestas tropicais e o governo ainda promove a anistia das multas, usando como desculpa o desenvolvimento a qualquer preço, num processo de desmoralização das agências de fiscalização e contigenciamento de recursos para a necessária e efetiva fiscalização que o problema demanda para ser solucionado.

Resultados negativos e números assustadores não tardarão a chegar. Anotem.

Se nações avançadas desejam ajudar, por que não aceitar?  Ou será que o ignorante do Bolsonaro vai preferir impor uma contribuição obrigatória deduzida do contracheque dos funcionários públicos, para suprir os fundos que Noruega e Alemanha enviavam?

A grande contribuição que Bolsonaro poderia oferecer ao Brasil seria abrir a boca apenas para ler breves textos técnicos, porque assim pouparia o País do vexame.

Pouparia seu eleitorado cego e turrão, e os cidadãos orientados por suas sugestões absurdas.

O que  se torna inaceitável é  ver a balela da “justificativa” segundo a qual o que se produz no intestino e expele tanto pela boca quanto pelos fundos, agravaria a contaminação do meio ambiente.

Tanta asneira evidencia claramente a razão pela qual ele fugiu ao debate político no período eleitoral. Escondia da nação o despreparo que hoje constatamos perplexos, com a clara sensação de que fomos todos enganados pela esperteza dos abutres políticos de plantão e dos charlatões que se dizem ‘evangélicos’, responsáveis por sua eleição e agora exalam corrupção e conivência pela conveniência.

Se não o interditarem por incapacidade mental e intelectual que requer o posto o custo será alto para a nação, pois esta teria que  aguentar sua desastrosa administração por mais de três anos.

O jeito será mesmo seguir a recomendação da Marta ’Suplício’: na desgraça, “relaxem e gozem”. Quem sabe aprendam a votar enxergando melhor, sem ter que recorrer ao WhatsApp. E ao governo a mensagem: Parem de pensar em vocês e em ideologizar a busca por soluções as demandas nacionais. Patriotismo e discernimento senhores em vez de falácias e retóricas.

Defensores do indefensável

Uma significativa parcela dos apoiadores de Bolsonaro mostram-se extremistas cegos desprovidos de razoabilidade e evidenciam a ‘marcha da insensatez’, compatível com a capacidade limitada que impede uma avaliação realista e inteligente.

Todos os dias acontecem lambanças absurdas gerando incertezas quanto ao futuro.

Evidencia-se uma paixão alucinada pelos governantes, um tipo de síndrome que a psicanálises pode explicar. Algumas pessoas sentem necessidade de demonstrar paixão por quem governa hipotecando fé absoluta, dispostas a defender o indefensável, independente do partido do governante. Sempre resistirão a realidade preferindo não enxergar, fingem não ter olhos ou então se comportam como a avestruz enfiando a cabeça na terra para não ver o que acontece ao redor. Isso é o que esta acontecendo no Brasil. O presidente desautoriza a polícia federal, ai a polícia federal ameaça uma demissão em massa e ele recua, cede, portanto perde em hierarquia para um delegado e como presidente é literalmente derrotado pelo delegado. Ele tem diminuído gradativamente o Moro porque o Ministro alcançou mais popularidade que ele. A receita federal investiga o filho dele e em represália ele golpeia fatalmente a Receita diminuindo sua importância, fragilizando sua forca institucional para investigar corruptos e o crime organizado, torna o COAF uma mera abstração. Hoje Bolsonaro junto com Lula e outros corruptos presos são os maiores inimigos da operação lava-jato sem nenhuma duvida. Estimulou a aprovação desse projeto de abuso de autoridade na Camara e agora finge que vai vetar um ou outro item sem muita importância, certamente como líder e protagonista dessa conspiração contra o combate ao crime. Essa nomeação do filho para embaixador em Washington é o absurdo mais ridículo que já se viu, atropelando o mérito de dezenas de competentes embaixadores com notável qualificação e conhecimento da politica externa cuja atuação tem importância estratégica para o Brasil e demanda portanto exímios negociadores e representantes.

Mas enfim, só resta acompanhar essa marcha da insensatez apoiada pelos que não desejam admitir que ao conceder anistia de multas ambientais a madeiros e agropecuaristas em troca de votos na eleição passada, estava na pratica sinalizando, avalizando e incentivando inequivocamente a devastação. O mesmo acontece com tirar radares portáteis das mãos dos agentes da Polícia Rodoviária Federal. Se com o poder de coercitividade o número de acidentes nas estradas federais já é alarmante, imaginem os irresponsáveis sabendo que podem agora abusar da velocidade… Parece até que o Presidente atuou nesse caso como lobista das empresas funerárias preparadas a aumentar o faturamento com a nova realidade.

Mas devemos admitir que se o capitão verborragia sem freios, por que seus eleitores não poderiam fazer o mesmo? Os idiotas também têm assegurado o direito a livre manifestação, mesmo que não tenham o menor sentido do ridículo.

Não é a razão que agride o presidente, mais o seu destempero e despreparo que agride a razão e de passo os cidadãos sensatos.

Reprodução e divulgação total ou parcial do texto autorizada