Descaso criminoso do Hospital João Paulo

É comum ouvir-se dizer que “Só se morre quando chega a hora”, como se a data já estivesse programada desde a criação do mundo, como sugerem algumas doutrinas fatalistas, principalmente entre os muçulmanos com seu “Maktub”, estava escrito nas estrelas.

Na verdade, a hora do encerramento da jornada terrena de todos os viventes é aquela em que o encurtamento dos telômeros provoca a morte programada das células, que deixam de se reproduzir. É a entropia universal que modifica, degrada ou transforma toda a matéria no processo contínuo do envelhecimento do corpo, que se exauri com o tempo, desde o nascimento.

Quando a morte ocorre antes do final desse processo biológico, isso significa que o indivíduo saiu da vida antes do tempo, como a manga verde que o vendaval derrubou do galho, não lhe dando tempo de amadurecer e cumprir seu destino — alimentar seres vivos e produzir semente com capacidade de reprodução da árvore, uma maravilha do Criador.

Recorro a esse intróito para declarar que o acidente que vitimou a odontóloga Adamar Sales Saraiva (ou Adamar de Paiva Sales dos Santos – sobrenome do segundo casamento) por volta das 17:00 horas ocorrido no dia 16 de novembro de 2012 último e seu marido, Francisco Santos, não foi obra de Deus nem resultado de predestinação cósmica.

Foi, isso sim, fruto da impaciência e da imprudência do motorista (imprudência é um dos elementos da culpa, que forma uma tríade com a imperícia e a negligência como formas de culpa strictu sensu), que também pagou o preço mais alto em qualquer ação humana, a perda da própria vida.

À culpa estrita do Sr. Francisco Santos se somam a imperícia e negligência da equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Emergência – SAMU, que deixou de colocar minha mãe numa maca, eliminando o procedimento da imobilização imprescindível para esses casos como é praxe.

Ao invés disso, fez com que ela andasse até o carro de socorro. Falta treinamento e qualificação profissional a essa gente ou foi mesmo irresponsabilidade, descaso com a vida alheia? Essas Unidades de atendimento emergencial do SUS precisam humanizar suas ações para que possam prestar um serviço condizente com padrões básicos de atendimento priorizando o respeito aos contribuintes.

Não bastasse isso, a dedicada Dra. Adamar, mãe de seis filhos, foi vítima de mais uma culpa, desta vez na modalidade dolosa, ainda que o dolo seja eventual, pois a demora no atendimento hospitalar acarretou, sem dúvida, um risco assumido pelos profissionais que deixaram de atendê-la com a presteza que o caso exigia.

Com mais de 30 anos dedicados ao serviço odontológico comunitário em um pequeno barco atendendo populações carentes ribeirinha a margem do rio Amazonas e seu principal afluente, o madeira, Dra. Adamar estabeleceu-se no bairro do Areal em Porto Velho, onde a recordam com profunda admiração pelo exemplo de fraternidade que legou com sua abnegada ação humanitária.

A culpa do Hospital JOÃO PAULO, por sua equipe, é inaceitável, ao contrário da culpa do Sr. Chico Santos, que fez uma ultrapassagem de dois caminhões, com o máximo de imprudência e para não perder um minuto na vida perdeu a vida num minuto, ceifando também a de sua fiel companheira, algo que certamente não desejava.

As manobras de ultrapassagem e colisão com outros carros foram relatadas pelo Sr. Edvam Sobrinho, amigo do casal acidentado que estava no banco de trás do veículo com dois filhos adolescentes, Mateus, 15 anos, e Paula, 17, do grupo “Desbravadores” da Igreja Adventista do 7º. Dia, dos quais irmã Adamar era Conselheira.

Num caso desses, a avaliação imediata da vítima ou vítimas é divisor entre a vida e a morte. Embora reclamasse de muita dor, os atendentes no Hospital João Paulo não lhe deram a atenção indispensável naquelas circunstâncias. Em casos da espécie, a verificação de possíveis rupturas internas, fatais com o passar dos minutos, é de rigor. Todos sabem disso. Então por que a equipe hospitalar, que tem obrigação de conhecer o fato e adotar os procedimentos necessários não fez isso?

Quando Dra. Adamar foi finalmente atendida, testemunha ocular, viu em seu lado direito do abdômen uma grande mancha roxa, que poderia sinalizar danos ao fígado, hemorragia interna, facilmente debelada mediante intervenção cirúrgica a tempo. Segundo ele, vários profissionais foram lá e fizeram simples Anamnese, ou seja perguntas enquanto sem anestesia alguma caminhava humilde e impotente para a morte que poderia haver sido evitada sentindo insuportável dor, pois conforme o documento médico assinado por Letícia Leite Rocha – CRM 317 que atestou o Óbito a Causa Morte decorreu de Choque hipovolêmico / hemorragia interna e trauma toraco-abdominal. Mas, paciente, após acidente grave de carro deve ser examinado minuciosamente e rapidamente, E ELA NÃO FOI. Entre a hora do acidente ocorrido as 17:15 e a hora do falecimento nas dependências do Hospital João Paulo as 19:50, conforme o Laudo da PRF e o Atestado de Óbito, transcorreram quase 3 horas de verdadeiro calvário para a acidentada que se tivesse recebido atenção adequada poderia estar viva.

Não existe a menor dúvida quanto a legitimidade e méritos dessa seria denúncia. “A morte injustificada de qualquer ser humano diminui e envergonha a própria humanidade”, e essa precisa ser apurada.

MANUAL DE PRIMEIROS SOCORROS

Editado em 1987 pela Liga AÇÃO UNIVIDA – Faculdade de Ciências Médicas do Hospital Universitário Alzira Velano – Universidade José do Rosário Vellano – UNIFENAS, esse manual destaca os procedimentos e a importância da imobilização. Para os médicos que o elaboraram, em primeiros socorros, o TPT é um dos temas que mais causam dúvidas e levam ao erro conforme publicaram:

“Na ansiedade de transportar a vítima até o hospital, muitos se esquecem ou simplesmente ignoram regras básicas, que devem ser seguidas com a finalidade de minimizar danos e aumentar a expectativa de vida do politraumatizado. É importante a avaliação dos sinais vitais antes, durante e depois da imobilização e transporte da vítima.

No TPT, será considerado como prioridade o SNC (sistema nervoso central), ou seja, encéfalo e medula espinhal, assim como todo o arcabouço ósseo que o protege. Pode ser considerado como uma terminação principal aumentada do sistema nervoso central. Ocupa o crânio ou caixa encefálica (arcabouço ósseo).

A coluna dorsal é composta de uma série de pequenos ossos: as vértebras. Sustenta o tronco e a cabeça, cerca e protege a medula espinhal.

Tipos de lesões

É definida como longa e quase cilíndrica massa de tecido nervoso, oval ou arredondada em secção transversa, ocupando, aproximadamente, os dois terços superiores do canal vertebral.

A medula espinhal é formada por fibras nervosas que saem do cérebro e chegam a ele, controlando muitas funções do corpo.

A medula espinhal é considerada a ligação entre o encéfalo e o restante do corpo, abaixo do pescoço, onde se originam e terminam nervos periféricos. Estes nervos estão organizados em pares e passam entre as vértebras. Em qualquer acidente, grave ou não, a vitima pode apresentar lesões na medula espinhal (total ou parcial) ou simplesmente do arcabouço ósseo (total ou parcial). A medula espinhal pode ser lesada sem nenhum dano ao arcabouço ósseo. As partes mais vulneráveis da coluna vertebral são os ossos do pescoço (região cervical) e da parte inferior das costas (região sacral).

Estas definições ajudam a entender a importância da correta movimentação da vítima, onde as possibilidades de injúria deste órgão são grandes. O simples fato de movimentar a vítima de maneira impulsiva pode transformar uma lesão óssea em uma poderosa lâmina e seccionar a medula espinhal, fazendo com que a vítima fique com uma deficiência, posteriormente. Entre as causas mais comuns de lesão da medula espinhal e coluna vertebral esta a “Desaceleração repentina de veículos (colisão frontal)”.

Exatamente conforme registrado no Boletim de Acidente de Transito da PRF, ocorrência No. 1202795 Expedido em 10/12/2012. (Controle – 59dcf64fc4f19825), que na página de número 6 indicou que o estado físico da Dra. Adamar indicava “LESÕES GRAVES”. Atropelando a percepção de sentido comum do policial e perito federal, como membros de uma equipe de socorros determina que uma pessoa nesse estado caminhe, sem considerar a visível idade avançada e as condições de destruição do veículo em que se encontrava?

RESPONSABILIDADES

Então, quem é o culpado: a equipe de primeiros socorros, por do SAMU por negligência e alheamento? O hospital “João Paulo”, cuja direção, por mera incompetência, não consegue organizar com eficiência um plantão de atendimento de urgência com pessoal competente? O Governo, que não contrata pessoal suficiente e basicamente qualificado para atender a demanda de serviços? OU OS TRÊS COMPARTEM RESPONSABILIDADES?

É sabido que o problema de saúde pública no Brasil é grave. A baixa remuneração dos médicos, inclusive pelos Planos de Saúde, faz com que eles trabalhem em mais de um emprego, dêem plantão exaustivo ou, em casos até comuns, cheguem atrasados ao serviço ou saiam antes da hora para atender em consultório particular. Os médicos que se tornam famosos nem aceitam trabalhar para Plano de Saúde, pois costumam cobrar quinhentos reais por consulta, dez vezes mais que a tabela de tais planos.

Por outro lado, os governos, de olho na perpetuação no Poder, e valendo-se da demagogia como ferramenta de persuasão, pulverizam o dinheiro do contribuinte com a distribuição de benesses que estimulam a ociosidade e solapa a filosofia universal e cristã do trabalho.

Os amigos e familiares estão inconformados com o mau atendimento à Matriarca da família e pensam em pedir às autoridades policiais que as responsabilidades sejam apuradas, seja ela do Governo, seja das equipes hospitalares para procederam com a ação legal apropriada de forma a servir de exemplo, desestimulando práticas desrespeitosas e inadmissíveis para com o cidadão.

Justiça tardia e atendimento hospitalar negligente implicam negação de um e outro, são inúteis. Morrer é o único dano irreparável. Que se apurem, portanto, as responsabilidades para que outros não venham a perder a vida pelos mesmos motivos.

É comum ouvir-se dizer que “Só se morre quando chega a hora”, como se a data já estivesse programada desde a criação do mundo, como sugerem algumas doutrinas fatalistas, principalmente entre os muçulmanos com seu “Maktub”, estava escrito nas estrelas.

Na verdade, a hora do encerramento da jornada terrena de todos os viventes é aquela em que o encurtamento dos telômeros provoca a morte programada das células, que deixam de se reproduzir. É a entropia universal que modifica, degrada ou transforma toda a matéria no processo contínuo do envelhecimento do corpo, que se exauri com o tempo, desde o nascimento.

Quando a morte ocorre antes do final desse processo biológico, isso significa que o indivíduo saiu da vida antes do tempo, como a manga verde que o vendaval derrubou do galho, não lhe dando tempo de amadurecer e cumprir seu destino — alimentar seres vivos e produzir semente com capacidade de reprodução da árvore, uma maravilha do Criador.

Recorro a esse intróito para declarar que o acidente que vitimou a odontóloga Adamar Sales Saraiva (ou Adamar de Paiva Sales dos Santos – sobrenome do segundo casamento) por volta das 17:00 horas ocorrido no dia 16 de novembro de 2012 último e seu marido, Francisco Santos, não foi obra de Deus nem resultado de predestinação cósmica.

Foi, isso sim, fruto da impaciência e da imprudência do motorista (imprudência é um dos elementos da culpa, que forma uma tríade com a imperícia e a negligência como formas de culpa strictu sensu), que também pagou o preço mais alto em qualquer ação humana, a perda da própria vida.

À culpa estrita do Sr. Francisco Santos se somam a imperícia e negligência da equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Emergência – SAMU, que deixou de colocar minha mãe numa maca, eliminando o procedimento da imobilização imprescindível para esses casos como é praxe.

Ao invés disso, fez com que ela andasse até o carro de socorro. Falta treinamento e qualificação profissional a essa gente ou foi mesmo irresponsabilidade, descaso com a vida alheia? Essas Unidades de atendimento emergencial do SUS precisam humanizar suas ações para que possam prestar um serviço condizente com padrões básicos de atendimento priorizando o respeito aos contribuintes.

Não bastasse isso, a dedicada Dra. Adamar, mãe de seis filhos, foi vítima de mais uma culpa, desta vez na modalidade dolosa, ainda que o dolo seja eventual, pois a demora no atendimento hospitalar acarretou, sem dúvida, um risco assumido pelos profissionais que deixaram de atendê-la com a presteza que o caso exigia.

Com mais de 30 anos dedicados ao serviço odontológico comunitário em um pequeno barco atendendo populações carentes ribeirinha a margem do rio Amazonas e seu principal afluente, o madeira, Dra. Adamar estabeleceu-se no bairro do Areal em Porto Velho, onde a recordam com profunda admiração pelo exemplo de fraternidade que legou com sua abnegada ação humanitária.

A culpa do Hospital JOÃO PAULO, por sua equipe, é inaceitável, ao contrário da culpa do Sr. Chico Santos, que fez uma ultrapassagem de dois caminhões, com o máximo de imprudência e para não perder um minuto na vida perdeu a vida num minuto, ceifando também a de sua fiel companheira, algo que certamente não desejava.

As manobras de ultrapassagem e colisão com outros carros foram relatadas pelo Sr. Edvam Sobrinho, amigo do casal acidentado que estava no banco de trás do veículo com dois filhos adolescentes, Mateus, 15 anos, e Paula, 17, do grupo “Desbravadores” da Igreja Adventista do 7º. Dia, dos quais irmã Adamar era Conselheira.

Num caso desses, a avaliação imediata da vítima ou vítimas é divisor entre a vida e a morte. Embora reclamasse de muita dor, os atendentes no Hospital João Paulo não lhe deram a atenção indispensável naquelas circunstâncias. Em casos da espécie, a verificação de possíveis rupturas internas, fatais com o passar dos minutos, é de rigor. Todos sabem disso. Então por que a equipe hospitalar, que tem obrigação de conhecer o fato e adotar os procedimentos necessários não fez isso?

Quando Dra. Adamar foi finalmente atendida, testemunha ocular, viu em seu lado direito do abdômen uma grande mancha roxa, que poderia sinalizar danos ao fígado, hemorragia interna, facilmente debelada mediante intervenção cirúrgica a tempo. Segundo ele, vários profissionais foram lá e fizeram simples Anamnese, ou seja perguntas enquanto sem anestesia alguma caminhava humilde e impotente para a morte que poderia haver sido evitada sentindo insuportável dor, pois conforme o documento médico assinado por Letícia Leite Rocha – CRM 317 que atestou o Óbito a Causa Morte decorreu de Choque hipovolêmico / hemorragia interna e trauma toraco-abdominal. Mas, paciente, após acidente grave de carro deve ser examinado minuciosamente e rapidamente, E ELA NÃO FOI. Entre a hora do acidente ocorrido as 17:15 e a hora do falecimento nas dependências do Hospital João Paulo as 19:50, conforme o Laudo da PRF e o Atestado de Óbito, transcorreram quase 3 horas de verdadeiro calvário para a acidentada que se tivesse recebido atenção adequada poderia estar viva.

Não existe a menor dúvida quanto a legitimidade e méritos dessa seria denúncia. “A morte injustificada de qualquer ser humano diminui e envergonha a própria humanidade”, e essa precisa ser apurada.

MANUAL DE PRIMEIROS SOCORROS

Editado em 1987 pela Liga AÇÃO UNIVIDA – Faculdade de Ciências Médicas do Hospital Universitário Alzira Velano – Universidade José do Rosário Vellano – UNIFENAS, esse manual destaca os procedimentos e a importância da imobilização. Para os médicos que o elaboraram, em primeiros socorros, o TPT é um dos temas que mais causam dúvidas e levam ao erro conforme publicaram:

“Na ansiedade de transportar a vítima até o hospital, muitos se esquecem ou simplesmente ignoram regras básicas, que devem ser seguidas com a finalidade de minimizar danos e aumentar a expectativa de vida do politraumatizado. É importante a avaliação dos sinais vitais antes, durante e depois da imobilização e transporte da vítima.

No TPT, será considerado como prioridade o SNC (sistema nervoso central), ou seja, encéfalo e medula espinhal, assim como todo o arcabouço ósseo que o protege. Pode ser considerado como uma terminação principal aumentada do sistema nervoso central. Ocupa o crânio ou caixa encefálica (arcabouço ósseo).

A coluna dorsal é composta de uma série de pequenos ossos: as vértebras. Sustenta o tronco e a cabeça, cerca e protege a medula espinhal.

Tipos de lesões

É definida como longa e quase cilíndrica massa de tecido nervoso, oval ou arredondada em secção transversa, ocupando, aproximadamente, os dois terços superiores do canal vertebral.

A medula espinhal é formada por fibras nervosas que saem do cérebro e chegam a ele, controlando muitas funções do corpo.

A medula espinhal é considerada a ligação entre o encéfalo e o restante do corpo, abaixo do pescoço, onde se originam e terminam nervos periféricos. Estes nervos estão organizados em pares e passam entre as vértebras. Em qualquer acidente, grave ou não, a vitima pode apresentar lesões na medula espinhal (total ou parcial) ou simplesmente do arcabouço ósseo (total ou parcial). A medula espinhal pode ser lesada sem nenhum dano ao arcabouço ósseo. As partes mais vulneráveis da coluna vertebral são os ossos do pescoço (região cervical) e da parte inferior das costas (região sacral).

Estas definições ajudam a entender a importância da correta movimentação da vítima, onde as possibilidades de injúria deste órgão são grandes. O simples fato de movimentar a vítima de maneira impulsiva pode transformar uma lesão óssea em uma poderosa lâmina e seccionar a medula espinhal, fazendo com que a vítima fique com uma deficiência, posteriormente. Entre as causas mais comuns de lesão da medula espinhal e coluna vertebral esta a “Desaceleração repentina de veículos (colisão frontal)”.

Exatamente conforme registrado no Boletim de Acidente de Transito da PRF, ocorrência No. 1202795 Expedido em 10/12/2012. (Controle – 59dcf64fc4f19825), que na página de número 6 indicou que o estado físico da Dra. Adamar indicava “LESÕES GRAVES”. Atropelando a percepção de sentido comum do policial e perito federal, como membros de uma equipe de socorros determina que uma pessoa nesse estado caminhe, sem considerar a visível idade avançada e as condições de destruição do veículo em que se encontrava?

RESPONSABILIDADES

Então, quem é o culpado: a equipe de primeiros socorros, por do SAMU por negligência e alheamento? O hospital “João Paulo”, cuja direção, por mera incompetência, não consegue organizar com eficiência um plantão de atendimento de urgência com pessoal competente? O Governo, que não contrata pessoal suficiente e basicamente qualificado para atender a demanda de serviços? OU OS TRÊS COMPARTEM RESPONSABILIDADES?

É sabido que o problema de saúde pública no Brasil é grave. A baixa remuneração dos médicos, inclusive pelos Planos de Saúde, faz com que eles trabalhem em mais de um emprego, dêem plantão exaustivo ou, em casos até comuns, cheguem atrasados ao serviço ou saiam antes da hora para atender em consultório particular. Os médicos que se tornam famosos nem aceitam trabalhar para Plano de Saúde, pois costumam cobrar quinhentos reais por consulta, dez vezes mais que a tabela de tais planos.

Por outro lado, os governos, de olho na perpetuação no Poder, e valendo-se da demagogia como ferramenta de persuasão, pulverizam o dinheiro do contribuinte com a distribuição de benesses que estimulam a ociosidade e solapa a filosofia universal e cristã do trabalho.

Os amigos e familiares estão inconformados com o mau atendimento à Matriarca da família e pensam em pedir às autoridades policiais que as responsabilidades sejam apuradas, seja ela do Governo, seja das equipes hospitalares para procederam com a ação legal apropriada de forma a servir de exemplo, desestimulando práticas desrespeitosas e inadmissíveis para com o cidadão.

Justiça tardia e atendimento hospitalar negligente implicam negação de um e outro, são inúteis. Morrer é o único dano irreparável. Que se apurem, portanto, as responsabilidades para que outros não venham a perder a vida pelos mesmos motivos.